Termina
a participação do Tupi no Mineiro de 2012, especial, pela ocasião do Centenário
e pela fantástica reação na tabela de classificação. Do zero ponto e zero gol,
o time unido partiu para a honrosa 4ª colocação. E deixou de avançar para a
decisão após três disputadíssimos jogos contra o Atlético. Na semifinal de
hoje, em Sete Lagoas, o Tupi tomou o gol decisivo no detalhe, no erro de
marcação que achou André livre na área para a conclusão. O primeiro tempo
carijó reproduziu, apesar do treinador diferente, não menos competente, o período
inicial da final do Arruda. Tupi marcando no seu campo, todo compacto, atrás da
linha da bola, sem permitir ao adversário oportunidades efetivas de abrir o
placar. Mais uma vez a coerência de Moacir esteve presente na escalação do
Galo, com as entradas de Fabrício Soares na defesa e a volta de Michel Cury como
articulador. A lateral esquerda foi suprida com um rodízio de Henrique, George
e Salino pelo setor, para marcar o lado direito do Atlético. A estratégia do
Tupi de virar o intervalo com o jogo cadenciado, igual e aumentando a pressão
da massa atleticana sobre seu time deu certo. O Galo de BH saiu vaiado e sem
falar com a imprensa, tenso. O reinicio carijó foi perfeito, na atitude, na
postura tática e na fluidez do contra ataque. Os gols perdidos foram
acontecendo em 15 minutos de domínio total sobre o Atlético. A contusão de
Felipe Souto e sua saída marcaram a reação de Cuca. As entradas de Neto Berola
e Mancini fizeram o time de BH equilibrar o jogo e tentar o gol, que acabou por
sair, com a cabeçada de André, aos 26m. Moacir respondeu com Ulisses, Assis e
Cassiano, para suprir jogadores cansados, reforçar a marcação e dar fim ao
isolamento de Ademilson no ataque. O principal defeito do Tupi e suas várias
virtudes estiveram evidentes na Arena do Jacaré. Faltou capricho, qualidade no
último passe e na finalização. Gostei da saída de bola, no chão, em passes
curtos, bem trocados, durante grande parte do jogo. Atuação impecável do
goleiraço Rodrigo, merecidamente festejado pela imprensa mineira como o melhor
da competição. O restante da equipe correspondeu, no jogo coletivo e individual,
deixando uma excelente impressão ao fim da semifinal e da reação estupenda.
Batemos na trave, mais uma vez. É preciso insistir, persistir, acreditar que é
possível, repetir acertos, corrigir imperfeições e trabalhar para permanecer
entre os melhores. A partir de hoje, o Tupi terá pouco mais de vinte dias para
reflexões, planejamento, decisões e reforços, rumo a mais uma sequencia, ao
acesso para a série B. Agradecemos, ao fim de mais um Mineiro, a presença de
amigos da cidade e de várias procedências, prestigiando nosso trabalho voluntário
e absolutamente apaixonante de falar e escrever sobre o futebol do Tupi, de
Juiz de Fora, de Minas Gerais.
Salino, bola no travessão, gols perdidos e Tupi fora da decisão.
Imagem, Superesportes.