A rodada começou com a derrota do Grêmio na
Venezuela, 2x1 para o Caracas, com o time jogando mal e perdendo muitos gols. O
tricolor jogou sem vontade, poder de definição, diferente da impecável exibição
no 3x0 sobre o Flu, em pleno Engenhão. Vargas e Barcos estiveram
irreconhecíveis. Elano fez o gol e nada mais, saindo por cansaço. A zaga voltou
a falhar, como na estreia e entregou a virada em espaços concedidos, em erros
de marcação e falhas individuais. A derrota custou ao Grêmio a liderança e
complicou uma classificação que se apresentava como fácil, reavivando as
chances do Caracas na tabela. Daqui por diante, Luxa quer administrar jogo a
jogo a tarefa de fazer seu time avançar na competição, sem sustos, sem crise. Quarta
feira de vitórias e afirmação para Corinthians e Atlético-MG. O Timão venceu ao
até então Tijuana 100% com defesa invicta e foi logo sapecando um 3x0 nos
coyotes mexicanos, que até jogaram bem, valorizando a vitória brasileira.
Renato Augusto foi o destaque corintiano da noite festiva e a impressão geral
foi a de que o campeão mundial superou fatores extracampo e reentrou na
atmosfera competitiva da Libertadores. Em La Paz, com quase 4000 m de altitude,
o Galo nem tomou conhecimento do ambiente hostil e da pressão adversária e aprontou
uma correria em cima do The Strongest, vencendo por 2x1, com autoridade. Ronaldinho
jogou objetivamente, com inteligência, trocando passes na medida certa, ditando
o ritmo de jogo e colocando seu time em situações de gol por várias
oportunidades. Cuca soube como administrar os efeitos da altitude sobre o time,
mexendo corretamente e transmitindo confiança e tranquilidade do banco. Com as
folgas de Fluminense e Palmeiras, a rodada terminou com a exibição lamentável
do São Paulo na Argentina. A derrota de 2x1 para o inexpressivo Arsenal de
Sarandy desnudou a crise mal contida e a fogueira de vaidades que arde no
Morumbi. Ney Franco, sem rumo e sem comando, improvisou um 3-5-2 que travou o
time, a ponto dos argentinos merecerem um placar maior. Já é a terceira vez que
apenas Osvaldo salva-se de uma péssima jornada. O sonho do tetra corre perigo diante
dos próximos jogos, na Bolivia e contra o líder, Atlético. A sombra de Paulo Autuori, treinador campeão
de 2005, paira sobre o tricolor e as cabeças de seus dirigentes, conselheiros,
aspones e corneteiros, a maioria de quatrocentões da elite paulistana.
Videos, do Sportvnews e do Facebook do narrador Mario Henrique "Caixa", da Itatiaia-BH.