TUPI VENCE EM CASA E DEIXA ZONA DO PERIGO.

O resultado em campo da semana de treinamentos do Tupi durante o recesso de carnaval foi excelente, tranqüilizador. Na vitória de ontem, 2x1 sobre o Uberaba, o time apresentou jogadas ensaiadas, boa saída de bola, posicionamento correto na bola parada, origem dos dois gols marcados. Alguns defeitos começaram a ser corrigidos. A zaga esteve mais segura e a cobertura mais bem feita, com a volta do entrosamento de Wesley e Silvio, tanto que responderam com tranqüilidade a movimentação do atacante colorado, Clodoaldo. Leo Salino, destoante de boas atuações anteriores, foi mantido, ganhou a confiança do treinador e ontem rendeu muito melhor. Permanecem alguns erros na troca de passes e no recuo, às vezes desnecessário, sobrecarregando Allan e Ademilson, que poderiam atuar mais adiantados. Gostei das atuações de George, substituindo Assis com eficiência e de Allan, cuja função tática é importante para o rendimento do time. O nome do jogo foi Henrique. Deu assistência para Wesley Ladeira abrir o placar, deixou seu próprio gol e movimentou-se com desenvoltura pelo campo, superando o desconforto de sua improvisação pela esquerda. As mexidas de Moacir foram para impedir uma reação do time do Uberaba. Preservou Cury e Salino de expulsões, voltou com Michel Benhami, após longa recuperação e testou os atacantes, Jefferson e Evandro. Gostei do primeiro tempo carijó, mas, ficou a sensação de que poderia construir uma vantagem maior no placar. O Zebu começou inseguro, custando a reagir, a entrar no jogo, alternando bons e maus momentos. Belarmino leu bem o que acontecia no jogo, fez entrar atacantes e a partir do pênalti que acharam, o Colorado passou a pressionar o Galo em busca do empate. Thiago Marin e Clodoaldo foram os destaques do time do Uberaba. Não gostei do trio de arbitragem, confuso, amarrando o jogo no final Até o 4°árbitro pressionou Moacir e o banco do Tupi, irritando a galera. O pênalti marcado não me convenceu. O público, levando-se em conta o retrospecto do time, premiou a linda tarde de sol em JF. Mais de dois mil torcedores presentes ao MH assistiram a uma vitória importante, definidora de rumos. O Tupi terá duas semanas de preparação para mais dois jogos em casa, contra Boa Esporte e Villa Nova. Mais tempo para os jogadores e Moacir trabalharem em busca da recuperação. Com os resultados da rodada, as derrotas de Democrata e Nacional, o Galo saiu da zona de sufoco, diminuindo a pressão sobre o time. Sobre o desentendimento entre Henrique e a torcida, considero uma polemica desnecessária, em que nenhuma das partes tem razão. A resposta do lateral, dada em campo sempre pesará mais do que entrevistas mal humoradas ou gestos obscenos. 

TUPI PERDEU DE 3x0, COM EVOLUÇÃO E ESPERANÇAS.

Ao contrário de alguns renomados comentaristas, tenho plena confiança em uma reabilitação do Tupi no Campeonato Mineiro. Deixo os tradicionais clichês de barbas de molho, sinal de alerta ligado e outras bobagens para quem não conhece do trabalho que vem sendo executado em Santa Terezinha. Finda a era Grasseli, Moacir tomou conta do espetáculo, voltou atrás e ocupou a área técnica da Arena do Jacaré. Felizmente, como todos esperavam, mudou o comportamento da equipe. Vimos pela TV, momentos de domínio, de posse de bola, de retomadas, de marcação adiantada, características que mostram uma evolução real, em comparação com as atuações iniciais com derrota. O marcador de 3x0 foi excessivo e decorreu de imperfeições na bola alta, na cobertura e na marcação errada feita na bola. Para esses problemas, uma boa conversa de Moacir, uma resenha bem feita internamente serão as soluções adequadas. Não gostei da escalação torta inicial de Moacir, com Henrique improvisado na esquerda. O bom baiano, faz tempo, merece vaga de titular, mas, atuando como meia, movimentando-se livremente junto a Allan e Michel Cury, sem deixar Ademilson solitário no ataque. Moacir deve ter feito uma excelente preleção no intervalo, pois o time esteve para empatar o jogo. O Tupi, diante da lentidão celeste, arriscou tentar uma virada, sacando Jailton e entrando Ulisses. A Raposa respondeu com Walter e Rudnei, que serviram Anselmo Ramon, decretando o 3x0. O Galo dá esperanças de reação. Falta encaixar o jogo coletivo, o que vai acontecer com trabalho, motivação, entendimento por todos do esquema de Moacir, como me lembrou ontem um amigo carijó, radicado em BH. Moacir pediu reforços e todos aguardam algumas correções de escalação e posicionamento. Em linhas gerais, eu gostei do Tupi em Sete Lagoas. Falta ajeitar o entendimento da zaga na bola alta e a cobertura dos laterais e também uma solução para facilitar o jogo de Ademilson e Allan, ambos sobrecarregados. Gostei das atuações de Michel Cury, George e de Henrique, liberado do posicionamento torto. Tal como em 2011, um recesso de quase quinze dias dará ao Tupi tempo de sobra para reinventar-se e sair da zona do sufoco. Estamos a apenas quatro pontos do G4, mesmo sem pontos e gols até aqui. Nada que duas vitórias em seqüência não resolvam. Bom Carnaval!

No link abaixo, os melhores momentos de CRU 3x0 TUPI.

http://globoesporte.globo.com/globo-esporte/videos/t/edicoes/v/veja-os-melhores-momentos-de-cruzeiro-3-x-0-tupi/1810136/

CRUZEIRO E TUPI BUSCAM VITÓRIA E CONFIANÇA EM SETE LAGOAS.

Roger e Montillo, uma dupla reeditada para criar o jogo celeste contra o Tupi.

A defesa do pênalti cobrado por Montillo em 2011. Rodrigo vai voltar ao gol carijó.

Passada a crise da inevitável sucessão no comando técnico do Tupi, Moacir Jr liderou uma semana de trabalho em silencio, longe das manchetes e que terminou com boas noticias. Rodrigo recuperou-se da absurda torção no tornozelo sofrida em Poços e estará de volta ao gol carijó. Silvio, dúvida durante os treinamentos, seguiu para Sete Lagoas e deve jogar. Michel Cury e Flávio estão recuperados de pancadas sofridas e também poderão atuar. Somente Assis não jogará, com diagnóstico de contusão lombar, que requer longa recuperação. Moacir viu os VT das derrotas iniciais, reuniu o time para trabalhar e conversar e resgatou o estilo motivador, vitorioso em temporadas anteriores, para a rotina do Salles. O assistente de Moacir, Altair Coimbra e Felipe Suriane comandarão o time na Arena do Jacaré. O desenho tático, a marcação, a atitude do time em campo e a parte que cabe aos jogadores na busca pela reabilitação no campeonato mudarão. Espero um Tupi que responda em campo ao que o Cruzeiro preparou durante a semana tensa na Toca da Raposa. Pressionado pela insatisfação com a derrota da estréia para o Guarani, Wagner Mancini sacou seus quatro volantes e reeditará a dupla de armação que fez muito sucesso na fase de grupos da Copa Libertadores de 2011, com Roger e Montillo. O Tupi, se conseguir repetir algo parecido com aquela marcação e atuação coletiva na final do Arruda, poderá, sim, voltar a JF com um resultado se não de todo positivo, que seja aceitável, a altura de um time campeão. Bem comandado e motivado, em paz com a galera, aguardamos uma boa jornada do Tupi na sua terceira etapa do Mineiro. Olho nos adversários, no regulamento, na tabela, nos resultados alheios e força ao carijó em busca da reconstrução.

Prováveis escalações:

Cruzeiro: Fábio; Marcos, Leo, Victorino e Diego Renan; Leandro Guerreiro, Marcelo Oliveira, Roger e Montillo; Anselmo Ramon e Wellington Paulista. 
Técnico: Vágner Mancini

Tupi: Rodrigo; Flávio, Wesley Ladeira, Silvio (Fabrício Soares) e Carlão; Jailton, Leo Salino, Ulisses e Michel Cury (Henrique); Ademilson e Allan.
Técnico: Moacir Júnior

MOACIR JR. DE VOLTA PARA RESGATAR O TUPI VENCEDOR.

Moacir Jr. assume o Tupi cobrando reação interna e reforços.

No sábado à noite, após voltar do Mário Helênio de cabeça inchada e estarrecido com a exibição do Tupi, de futebol minúsculo e incompatível com a marca de campeão brasileiro, já pude constatar o vazamento da ilimitada insatisfação com a presença de Alexandre Grasseli no comando técnico do galo carijó. Quinze minutos online no MSN foram suficientes para formar minha opinião a respeito dos bastidores carijós. Já afirmei em outra coluna não ter entendido as escalações e mexidas do então treinador e acabei por saber que ele perdera o comando e ascendência sobre seus jogadores, provocando um ambiente virtual e real de insatisfação na torcida, na imprensa esportiva e no elenco. Apuramos que a diretoria carijó, ao fazer cobranças pertinentes e dentro dos limites hierárquicos sobre o Tupi zero ponto a Grasseli, entrara em rota de colisão com ele e sua metodologia de trabalho. A repercussão nas redes sociais da derrota do Tupi para um time principiante na elite do futebol mineiro, o Nacional de Nova Serrana provocou nos internautas carijós um domingo de indignação e apreensão, até o final da tarde, quando o site Super Repórter, de Ricardo Wagner, comentarista e titular de esportes da Globo AM 910, publicou um petardo de jornalismo de opinião, decretando que era uma questão de minutos para a mudança de treinador acontecer em Santa Terezinha, após sucessivas reuniões da diretoria. Na segunda pela manhã, o anúncio oficial da decisão que todos queriam saber: Alexandre Grasselli, em meio a despedidas protocolares e agradecimentos, estava demitido. Os nomes especulados para a mudança eram Lopes Jr, Andrade e Moacir Jr, do Americano-RJ. A escolha recaiu sobre o comandante vice da Taça MG de 2007 e líder do Mineiro de 2008 até sua repentina e até hoje mal digerida troca do Tupi pelo Ipatinga. Naquela ocasião, a bola puniu-o exemplarmente, com o rebaixamento. Quase quatro anos depois, mais experiente, Moacir retorna a Juiz de Fora com a tarefa de resgatar o Tupi campeão, de jogo muito melhor e eficiente, que ainda temos na memória. Com a ação da diretoria de restabelecer em tempo hábil a boa receita do futebol carijó, ficou demonstrada a inconveniência da contratação de profissionais em inicio de carreira, sem estrada, sem condição de liderar um elenco campeão. No próximo domingo, a Arena do Jacaré vai abrigar um duelo de reabilitação para Cruzeiro e Tupi. Moacir, na coletiva de apresentação já fez aos seus jogadores cobranças sobre a esperada reação carijó. Wagner Mancini tentará juntar os cacos do péssimo ambiente interno no clube celeste. A estréia da Raposa foi com derrota inapelável para o Guarani de Divinópolis. A TV vai nos mostrar quem deixará a zona do atoleiro em melhores condições. Que venham reforços, mudanças de atitude, boas resenhas e muita conversa como ingredientes da volta por cima no Tupi. Como sempre escrevo por aqui, não existem dirigentes, profissionais ou jogadores infalíveis. O diferencial positivo do Tupi é errar, admitir o erro e corrigi-lo em tempo. Termino, com uma respeitosa palavra de contestação a interpretações equivocadas sobre os acontecimentos no futebol carijó. Ninguém criou uma crise de fora para dentro, com vistas a desestabilizar o trabalho profissional. A crise era interna, veio a público com as derrotas e foi resolvida profissionalmente, após uma unanimidade de opiniões. Que o domingo pré carnavalesco nos recompense com a volta do Tupi objetivo, de jogo coletivo e ofensivo que encantou a todos do futebol.

A FOTO SÍNTESE DO TUPI 100 ANOS

Do Facebook do Toque de Bola, de Ivan Elias

GUERREIROS EM CASA

Reencontro dos Guerreiros do Tupi com a torcida e o MH.

Imagem: Facebook de Ricardo Wagner.

Enfim, o reencontro do Tupi campeão com sua galera no Mario Helênio reestilizado. De 13 de novembro até o fim de tarde de amanhã, muita coisa boa terá acontecido, dentro e fora de campo. O marketing esportivo agora faz parte do cotidiano carijó e algumas ações vêm sendo realizadas para motivar o sócio torcedor. Amanhã, o Galo vestirá preto, cinza e dourado, em homenagem a alguns carijós de ouro que marcaram seus nomes na camisa quase centenária e que irão comemorar a entrega das faixas de campeões brasileiros da série D, titulo mais importante até aqui conquistado. O jogo, além do caráter festivo, terá um perigoso teor de reabilitação, de necessidade de fazer o dever caseiro e vencer o time do Nacional de Nova Serrana, uma filial celeste em busca de afirmação. A estréia em Poços, com derrota, deixou um viés de decepção, mas, a torcida prometeu apoio ao time para a volta por cima. Para amanhã, mudanças de Grasseli na formação do time. Carlão, lateral de oficio, entrará ocupando os lados do campo para avançar e sem deixar espaços na defesa. Assis dará lugar a Ulisses e Leo Salino atuará ao lado de Jailton, como volante. A torcida e a imprensa reagiram muito bem à proposta ofensiva do treinador. Como já disse no Twitter, espero ver um Tupi mais presente no ataque, jogando com iniciativa e vontade de vencer. Espero não ver os laterais presos e volantes recuados, deixando Ademilson isolado e Allan sobrecarregado. O posicionamento falhou no Ronaldão, segundo opiniões de quem esteve lá. Repito, é preciso resgatar o Tupi da bola no chão e dos passes bem trocados, competitivo, como queremos todos, a começar pelo treinador.