terça-feira, 30 de outubro de 2012

VISITANDO O DICIONÁRIO E PROPONDO SOLUÇÕES.

Acessei www.antônimos.com.br, à propósito da inacreditável entrevista do vice de futebol do Tupi ao Super Bate-Bola, resenha da Solar AM 1010. Não bastou o conjunto da obra, ou seja, a sequência de péssimas jornadas e o final espetacular, goleada de 5x0 para o Chapecoense exibida no Canal Sportv, em rede nacional, para todo o Brasil, menos para a área de cobertura do bom senso e desconfiômetro de quem afirmou que o futebol do Tupi passou por uma EVOLUÇÃO. Como assim, evoluiu, do título de campeão brasileiro da série D em 2011 para a mesma condição no ano seguinte, após uma sucessão de erros e o rebaixamento vergonhoso?

Antônimo de evolução

Encontrados 9 antônimos da palavra evolução
1. decadência, retrocesso, declínio, queda, ruína, deterioração, perecimento, involução.
2. atraso.

Vou reproduzir uma entrevista publicada em março de 2009, de Giovani Gávio, juizforano bi campeão olímpico de vôlei e que, fora das quadras, vem atuando como treinador e gestor.


Giovane Gávio fala sobre gestão no futebol.
Olho no dinheiro
O bicampeão olimpico de volei, Giovani Gávio, em entrevista ao blog de Cosme Rímoli, do portal UOL, comenta sobre a gestão no futebol profissional comparativa a do volei.
Vale a pena ler e conferir. No momento em que li, lembrei de como seria importante se ele pudesse compartilhar sua experiencia bem sucedida no volei catarinense com o Tupi, clube de sua terra natal, Juiz de Fora.

GIOVANE: A SAÍDA DO FUTEBOL PODE ESTAR NO VOLEI.

Do blog de Cosme Rímoli, do UOL.



Bebeto de Freitas é dirigente do Atlético Mineiro.

É acusado pela diretoria do Botafogo de ter esquecido de devolver um broche de brilhantes ao clube carioca.
Ricardo Navajas é superintendente do Poços de Caldas, time da Segunda Divisão de Minas Gerais.
José Carlos Brunoro trabalha no Pão de Açúcar Esporte Clube, time da Terceira Divisão de São Paulo.
O técnico da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, José Roberto Guimarães, foi dirigente do Corinthians.
O vôlei invadiu o futebol. Os resultados, medianos.
Mas os convites continuam.
O motivo: o teórico melhor nível intelectual de quem trabalha com vôlei.

Giovane, bicampeão olímpico. 

Um dos maiores jogadores de vôlei da história do Brasil, acompanha tudo de perto.

Seu Flamengo acumula uma dívida gigantesca.
Giovane explicou para o blog o porquê de o futebol estar mal administrado no Brasil. 

E porque a saída pode vir do mesmo vôlei.
Por que o futebol dos grandes clubes brasileiro tem apelado para as pessoas do vôlei para administrá-lo? Complexo de inferioridade?


Não é porque as pessoas que trabalham com o vôlei têm mais instrução. Mais conhecimento. Não é isso. O que acontece é que o vôlei se profissionalizou primeiro. Quem trabalha com vôlei sabe como trabalhar em um clube como se fosse uma empresa. Como buscar recursos e não deixar que o clube gaste mais do que arrecada. O vôlei convive com essa pressão de patrocínio, montar grandes equipes, pagar grandes jogadores há muito mais tempo que o futebol. As pessoas sabem o que fazer, como trabalhar. Em termo de organização e estrutura, o futebol está muito atrasado.



Além do atraso, existe a corrupção. Você acredita que vão roubar muito na organização da Copa do Mundo no Brasil?



Olha...Será muito dinheiro circulando...O que é preciso são duas coisas: transparência e uma maneira de fiscalizar como esse dinheiro será utilizado. Ter meios de fiscalização eficientes. Não podemos tornar possível que pessoas se aproveitem do dinheiro da Copa do Mundo. Prefiro dar créditos às pessoas. Pensar que elas não vão roubar. Vamos ter uma chance sensacional para modernizar o futebol. E toda a infraestrutura do nosso país. Me recuso a pensar que existem pessoas se articulando para desviar verbas. Tenho de acreditar na organização governamental. No nosso país a grande maioria das pessoas é honesta.



O mesmo vale para a Olimpíada. Você não acredita já a candidatura para a Olimpíada já é desculpa para roubar dinheiro?



Não. Acredito nas pessoas que estão buscando de verdade a Olimpíada no Brasil. São pessoas séria. E o que falei para a Copa do Mundo vale para a Olimpíada. O dinheiro é muito grande e há a necessidade de fiscalização. Mas isso não é só no Brasil, não. Em todos os países que buscam a Olimpíada.
Você está morando em Santa Catarina. Como vê o futebol de lá?


Com muita vontade de crescer. Depois da queda do Figueirense, que dominou por muito tempo o futebol catarinense, agora o Avaí subiu para a Série A do Brasileiro. Os catarinenses acompanham muito de perto, adoram o futebol. Lá também existe um clima de construção de estádios (tendo em vista a Copa do Mundo no Brasil). O clima está favorável ao futebol. Eu acompanho de perto e torço para o Joinville, cidade do minha equipe de vôlei.



E você, Giovane?Depois da propaganda de ginástica passiva Total Shape, não recebeu convite para trabalhar, e ganhar dinheiro, com o futebol?



Não. Ninguém me convidou, não. Mas não aceitaria. Estou muito bem como treinador do Unisul de Joinville. Meu sonho é chegar até treinador da Seleção Brasileira Masculina. Agora ela está muito bem entregue nas mãos do Bernardinho. Eu sou novo (39 anos). Posso esperar. O importante eu já aprendi na minha vida que é sonhar. E meu sonho não tem nada a ver com futebol. Quero ser o treinador da Seleção Brasileira Masculina de vôlei. Quando eu saí de Juiz de Fora falando que jogaria na Seleção Brasileira de Vôlei falaram que eu era otimista demais. Acabei bicampeão olímpico com o Brasil. Mas eu serei assim a minha vida inteira. Sem um sonho as pessoas não saem do lugar. Eu sonho muito. E nunca com o futebol. Torcer para o Flamengo já basta.


Que tal, para começarmos a reconstrução do futebol do Tupi, após a hecatombe do rebaixamento, uma tarefa que é de todos os carijós, apresentarmos alguns pontos de partida, algumas propostas de ação?

1- Fortalecimento da AAT - Associação de Amigos do Tupi, sobre cuja fundação e propostas iremos escrever mais tarde.

2-O estabelecimento de uma parceria, um intercâmbio que responda ao principal entrave do sucesso continuo do futebol carijó. A qualidade sequencial, permanente, da gestão esportiva, e de sua credibilidade junto a investidores e torcida. Devemos nos aproximar da UFJF e de seus profissionais que vem conduzindo, com gradativo sucesso, um projeto de inserção de um time local em competições estaduais e nacionais de volei.

3- Buscar a continuidade do apoio político, financeiro e institucional ao futebol do Tupi junto a PJF e a equipe do Prefeito eleito, Bruno Siqueira e da nova representação do Legislativo Municipal. Eu entendo que o Tupi pode ter uma excelente resposta se oferecer uma contrapartida de credibilidade e qualidade de gestão.

A qualidade permanente da gestão é o ponto de partida para quebrar a inércia de soluções de marketing esportivo , de credibilidade para conquistar parcerias e o apoio de investidores e torcedores e montar um time vencedor, vibrante, em contraste com a apatia e os desmandos que conduziram ao rebaixamento.

Para encerrar, cabe ao Tupi fechar o seu cine de horrores e jamais voltar a reproduzir as sessões em cartaz descritas aqui no Blog - O Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu e pior, o Assalto ao Trem Pagador, eufemismos que usei para protestar contra a falta de comando e as práticas pouco cautelosas de gestão financeira, se é que vocês me entendem.