"Entrega teu caminho ao Senhor, confia Nele e Ele tudo fará!"
(Salmo 37.5)
Uma homenagem do blog para a familia Ladeira, de Piraúba-MG, do zagueiro campeão, Wesley.
Nunca poderia imaginar que ganharia um presente de valor
inestimável ao comemorar 40 anos como torcedor e entusiasta do Tupi. Um título
de expressão nacional, como o de campeão brasileiro da série D, que foi
conquistado ao entardecer do domingo, 20 de novembro, calando o estádio do
Arruda, repleto de euforia e pressão em favor do Santa Cruz. Mais do que calar a
torcida local com sua atuação segura e perfeita taticamente, o Tupi conseguiu
executar um conceito mencionado muitas vezes em nossos textos, ou seja, o da
imposição tática. O time juizforano jogou a decisão de 180 minutos com o
regulamento nas mãos, como deveria ter feito em outras jornadas. Desde a
preparação, os treinamentos, as respectivas escalações das partidas no Mário
Helênio e no Recife, o treinador carijó visava obter uma vantagem no jogo em
casa para atuar com tranquilidade no Arruda lotado. Zé Teodoro tomou um nó
tático nas duas partidas. Escalou mal e mexeu pior, sem resultado prático. Em
casa, saiu com um volante, três meias e dois atacantes, imprensando o Tupi em
seu campo. Drubscky, de maneira inteligente, distribuiu o time carijó todo
atrás da linha da bola, e baseado na marcação eficiente, conseguiu manter o 0x0
e a vantagem, indo para o vestiário, tranquilo e campeão. O treinador coral,
precisando de gols, não teve como mexer adequadamente e afrouxou a marcação,
concedendo generosos espaços para o contra ataque do Tupi, pelos lados. O banco
carijó respondeu, colocando o menino Vitinho e Henrique, adiantando Allan e
envolvendo o Santinha na velocidade e melhorando o passe. O placar de 2x0 foi
pouco, tal foi a superioridade tática dos mineiros no segundo tempo. Em Juiz de
Fora, tivemos um domingo dos sonhos, com atmosfera de confiança no titulo, de
euforia mal contida, como em uma final de Copa do Mundo. A imprensa local
esmerou-se na cobertura, desde a manhã, falando da concentração carijó no
Recife e convocando toda a cidade para a contagem regressiva rumo ao título.
Juizforanos e carijós de todo o Brasil acorreram para a capital pernambucana e
buscaram conexão pela internet, unindo-se na torcida pelo Galo. Ao fim do jogo,
muita festa da galera, reunida na sede da Calil Ahouagi e no São Mateus, em um
tradicional videobar. Emoção, lágrimas, carreata e buzinaço na zona sul e em
todos os recantos da cidade, deram o tom desse inesquecível domingo esportivo.
Epílogo merecido de uma linda saga, a história de um grupo que uniu seus
talentos e suas esperanças em torno de uma conquista. Um trabalho de futebol
profissional, de equipe, com decisões firmes, apoios reunidos, com as bênçãos
de Deus e aplausos e reconhecimento total do mundo da bola. Que venha o
centenário em 2012, cuidadosamente planejado e executado. A partir de hoje,
mudamos de sonho e de objetivo. Vamos subir, Galo! Para a série B, consolidando
de vez o Tupi como grande força do futebol de Minas Gerais.
Um comentário:
Marco, vc é um verdadeiro Carijó, sabe o que fala e escreve melhor ainda. Você meu amigo merece muito esse título, essa felicidade. Com seu conhecimento e inteligência sempre nos presenteia com a VERDADE.
Abraços;
Nel
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