Moacir Jr. assume o Tupi cobrando reação interna e reforços.
No sábado à noite,
após voltar do Mário Helênio de cabeça inchada e estarrecido com a exibição do
Tupi, de futebol minúsculo e incompatível com a marca de campeão brasileiro, já
pude constatar o vazamento da ilimitada insatisfação com a presença de
Alexandre Grasseli no comando técnico do galo carijó. Quinze minutos online no MSN
foram suficientes para formar minha opinião a respeito dos bastidores carijós. Já
afirmei em outra coluna não ter entendido as escalações e mexidas do então
treinador e acabei por saber que ele perdera o comando e ascendência sobre seus
jogadores, provocando um ambiente virtual e real de insatisfação na torcida, na
imprensa esportiva e no elenco. Apuramos que a diretoria carijó, ao fazer
cobranças pertinentes e dentro dos limites hierárquicos sobre o Tupi zero ponto
a Grasseli, entrara em rota de colisão com ele e sua metodologia de trabalho. A
repercussão nas redes sociais da derrota do Tupi para um time principiante na
elite do futebol mineiro, o Nacional de Nova Serrana provocou nos internautas
carijós um domingo de indignação e apreensão, até o final da tarde, quando o
site Super Repórter, de Ricardo Wagner, comentarista e titular de esportes da
Globo AM 910, publicou um petardo de jornalismo de opinião, decretando que era
uma questão de minutos para a mudança de treinador acontecer em Santa
Terezinha, após sucessivas reuniões da diretoria. Na segunda pela manhã, o
anúncio oficial da decisão que todos queriam saber: Alexandre Grasselli, em
meio a despedidas protocolares e agradecimentos, estava demitido. Os nomes
especulados para a mudança eram Lopes Jr, Andrade e Moacir Jr, do Americano-RJ.
A escolha recaiu sobre o comandante vice da Taça MG de 2007 e líder do Mineiro
de 2008 até sua repentina e até hoje mal digerida troca do Tupi pelo Ipatinga.
Naquela ocasião, a bola puniu-o exemplarmente, com o rebaixamento. Quase quatro
anos depois, mais experiente, Moacir retorna a Juiz de Fora com a tarefa de
resgatar o Tupi campeão, de jogo muito melhor e eficiente, que ainda temos na
memória. Com a ação da diretoria de restabelecer em tempo hábil a boa receita
do futebol carijó, ficou demonstrada a inconveniência da contratação de
profissionais em inicio de carreira, sem estrada, sem condição de liderar um
elenco campeão. No próximo domingo, a Arena do Jacaré vai abrigar um duelo de
reabilitação para Cruzeiro e Tupi. Moacir, na coletiva de apresentação já fez
aos seus jogadores cobranças sobre a esperada reação carijó. Wagner Mancini
tentará juntar os cacos do péssimo ambiente interno no clube celeste. A estréia
da Raposa foi com derrota inapelável para o Guarani de Divinópolis. A TV vai
nos mostrar quem deixará a zona do atoleiro em melhores condições. Que venham
reforços, mudanças de atitude, boas resenhas e muita conversa como ingredientes
da volta por cima no Tupi. Como sempre escrevo por aqui, não existem
dirigentes, profissionais ou jogadores infalíveis. O diferencial positivo do
Tupi é errar, admitir o erro e corrigi-lo em tempo. Termino, com uma respeitosa palavra
de contestação a interpretações equivocadas sobre os acontecimentos no futebol
carijó. Ninguém criou uma crise de fora para dentro, com vistas a
desestabilizar o trabalho profissional. A crise era interna, veio a público com
as derrotas e foi resolvida profissionalmente, após uma unanimidade de
opiniões. Que o domingo pré carnavalesco nos recompense com a volta do Tupi
objetivo, de jogo coletivo e ofensivo que encantou a todos do futebol.
Um comentário:
No seu último post eu comentei e pedi para que o Galo não repitisse o que houve em Poços de Caldas, infelizmente fez pior. Pelas informações que li agora, com suas palavras, continuo renovando minhas esperanças e felicidade em ser Tupi, em ser Tribo Carijó!
Abraços, meu amigo Marco!
Nel
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