Nem me dou ao
trabalho de reproduzir aqui o clima de falsa animosidade entre a FIFA, o Comitê
Organizador Local da Copa 2014 e o governo Dilma Rousseff. Na verdade, o que
está pegando entre a entidade e o governo brasileiro é a demora na aprovação
pelo Parlamento da Lei Geral da Copa, rica em liberalidades e garantias,
salvaguardas jurídicas e financeiras dadas pelo pais anfitrião a gestora da
competição. Alguns aspectos do projeto chocam-se com leis estaduais e o
Estatuto do Torcedor, liberando venda de cerveja nos estádios da Copa. A
liberação gerou protestos, discussões, mas, terminará por ser concedida. Com
relação à celeridade do cronograma de obras nos estádios e em melhorias viárias
e de infra estrutura nas cidades-sede, outro ponto de atrito entre FIFA e
governo Dilma, realmente existem atrasos, alguns, absurdos. Mas a troca de
farpas entre a entidade e o Brasil, na verdade é menos para apressar prazos e
cobrar evolução no andamento das obras e mais para liberar verbas em bancos
estatais, amealhar patrocínios, contornar licitações nas esferas estaduais e
municipais de governo e incrementar negócios para políticos e empreiteiros. Há em
certa imprensa esportiva, inimiga da CBF e do COL, quem noticie e torça
abertamente para que a Copa 2014 seja tomada do Brasil e concedida sua
organização a Inglaterra, pais mobilizado pelos Jogos Olímpicos de 2012. É
preciso separar as entidades gestoras do futebol brasileiro das figuras de
eventuais dirigentes. Eles passarão e suas entidades vão permanecer com
história, conquistas e tradição. O discurso inconsistente, raivoso, largamente
difundido por certa mídia de que os eventos esportivos da presente década
realizados no Brasil são desvantajosos e inoportunos, não me convence. Alemanha
e África do Sul organizaram excelentes festas da bola, de negócios, empregos, turismo
e oportunidades e tudo semelhante ocorrerá por aqui. Negar ou subestimar o
ilimitado efeito multiplicador gerado na economia por esses eventos no Brasil é
ignorância ou má fé. Falta apenas o Brasil organizar seus talentos no gramado,
no campo de jogo para a festa ser completa, pois a seleção de Mano Menezes
ainda não convenceu. Não tem a ver com futebol brasileiro. Mas isso é outra
questão digna de outro post, mais detalhado.
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