O Tupi perdeu uma
excelente oportunidade de retornar ao G4 com méritos de somar a quarta vitória
consecutiva. Em vez disso, jogou muito mal contra o Villa, na noite ontem, no
MH, com o apoio de 3600 torcedores. Moacir escolheu ignorar o time bem
encaixado que vinha de três vitórias e escalou seus preferidos, titulares
absolutos, imutáveis. Resultado: O meio campo carijó sentiu a falta de um meia
articulador, de Michel Cury. Salino e Ulisses não cumpriram boa jornada e
George começou no banco, surpreendendo imprensa e torcida. Enquanto Moacir não
fez suas modificações, dando equilíbrio ao setor e colocando mais um atacante,
o Tupi perdeu o duelo de meio campo e só não complicou o jogo pela total
inaptidão do ataque adversário, que falhou nas finalizações, sem ameaçar
Rodrigo. O time novalimense me pareceu com dificuldades de atuar em um gramado
espaçoso como o do MH. Mauro Fernandes tentou superar as dificuldades de sua
equipe e aproveitar o relativo domínio em alguns momentos, fazendo
modificações. Mas nem por isso o jogo
deixou de ser tenso, com as equipes errando passes e sem o Tupi exibir as
virtudes de vitórias anteriores. Na verdade, o jogo foi uma reluzente pelada,
que decepcionou quem esperava mais do Tupi e seu treinador. Lembram do Tupi que
tanto exaltei neste espaço em jogos anteriores? Aceitou a marcação do Villa,
não reteve a bola, não marcou, sobrecarregou Alan e Ademilson. Apenas Silvio, Henrique
e Jailton mantiveram a regularidade. Para o jogo de sábado, contra o Guarani é
preciso rever conceitos e escalação, tentar recuperar o jogo recente e colocar
em condições de atuar o meia Michel Cury. É preciso escalar os melhores, sem
medo de melindrar “jogadores de confiança”, que nada rendem em termos coletivos
e impedem que o jogo carijó flua em velocidade, assim como aconteceu em Teófilo
Otoni e antes, contra o ex Ituiutaba. É preciso repudiar, com vigor, como fizeram
os amigos da Rádio Globo, o episódio da bomba que foi atirada no campo.
Irresponsabilidade total, de conseqüências imprevisíveis. Outra situação a ser
registrada é o comportamento varzeano do Villa, de esconder escalações, divulgá-las
de forma mentirosa e com a numeração trocada, ilegível. Nada disso é relevante
para ganhar jogo e só denota desrespeito ao público. Teremos dois dias de
regeneração, reflexão e preleções para resgatar o Tupi envolvente, avassalador,
convincente, rumo às semifinais. Veremos o que Dom Moacir vai nos preparar.
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