Mais do que as assistências
para os gols de Jô e Rever, Ronaldinho deu ao Atlético-MG uma atuação digna de
um jogador campeão mundial e duas vezes melhor do mundo. Foi, sem dúvida, o
condutor, o maestro do time veloz, marcador e mortal nos contra golpes que
soube anular com eficiência a proposta tática do não menos habilidoso time do
São Paulo. Jádson, Luis Fabiano, Osvaldo e os laterais tricolores ficaram
travados pela marcação adiantada do Galo, em que Pierre e Leandro Donizete
predominaram. Ney Franco tentou responder taticamente e apenas na volta do
intervalo o time paulista começou a reagir. O Galo sentiu o ritmo alucinante, só
conseguiu aumentar a vantagem para 2x0 quando todos enxergavam o empate
iminente e o domínio do São Paulo, após as mexidas corretas de seu treinador. O
gol de Rever não esfriou o tricolor e as entradas de Aloisio, Maicon e Ganso quase
retiraram dos mineiros uma merecida vitória. O ex Figueira descontou, após empurrar
Leonardo Silva e o Independência prendeu a respiração quando o “parça” e
compadre de Neymar chutou para fora, a milímetros da trave, a bola do empate,
aos 47. Voltemos ao nome do jogo, R10. Só um jogador importante, de sua categoria,
em boa forma e comprometido com o clube saberia interpretar as regras do jogo e
posicionar-se corretamente, livre na área, após a cobrança de um lateral e dar
o gol para Jô abrir o placar em um momento fundamental que conferiu
tranquilidade e a vantagem inicial ao time mineiro. Sua arrancada até o fundo
para o cruzamento certeiro na cabeça de Rever e sua imposição sobre Wellington,
jovem volante que não conseguiu o desvio, também foram decisivas. Público de 18
mil torcedores, protagonistas nas cadeiras de uma grande festa de sons, de
cores e muita vibração com a arrancada do Atlético para a liderança do grupo 3
da Libertadores.
Ronaldinho, em BH e Fred, em Caracas, decisivos para CAM e FLU.
Tensão pré jogo,
decorrente da ausência forçada de Thiago Neves, o oportunismo de Fred, que
acertou um canudaço no ângulo no gol da vitória e a capacidade do time em
resistir à pressão do Caracas até o fim, foram os ingredientes da importante
vitória do Fluminense, fora de casa. Abel preferiu um time cauteloso e
marcador, com Edinho atuando de falso volante recuado, quase zagueiro. O
tricolor tentou, com sucesso, reter a bola, esfriar o jogo e o sufoco
improdutivo do time local, que forçou o lado esquerdo de Carlinhos e o jogo
aéreo, em vão. O juizão interpretou errado uma bola recuada para Cavalieri e o
Caracas quase empatou na cobrança do tiro indireto. A rodada inicial do grupo 8
será fechada na noite de hoje, na Arena do Grêmio, com o time de Luxa recebendo
o Huachipato-CHI. Os visitantes ardem em uma crise interminável após a euforia
do título nacional de 2012 e teoricamente, podem virar presas fáceis para os
copeiros gaúchos, sem avalanche. Mas, em se tratando de Libertadores, melhor
jogar para vencer. Por falar em crise e falta de confiança, mais um brasileiro,
em ambiente de pós rebaixamento e tratando a disputa continental como um
estorvo, o Palmeiras, recebe o Sporting Cristal-PER no Pacaembu ressabiado e de
insatisfação mal contida da galera palestrina. Mas, se a marcação, a proposta de
Gilson Kleina e a garra de São Marcos palestrante encaixarem, o time pode
vencer e largar bem no grupo 2. Oremos, pois, dada a inspiração
tática do treinador verde, que é a seleção de Burkina Faso, vice da Copa
Africana 2013.
Kleina, de olho em Burkina, para inspirar a estréia do Palmeiras.
Com Barcos e avalanche proibida, o Grêmio larga em busca do Tri.
Imagens: GE.com
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