quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

QUARTA DE R10 E FRED9.




Mais do que as assistências para os gols de Jô e Rever, Ronaldinho deu ao Atlético-MG uma atuação digna de um jogador campeão mundial e duas vezes melhor do mundo. Foi, sem dúvida, o condutor, o maestro do time veloz, marcador e mortal nos contra golpes que soube anular com eficiência a proposta tática do não menos habilidoso time do São Paulo. Jádson, Luis Fabiano, Osvaldo e os laterais tricolores ficaram travados pela marcação adiantada do Galo, em que Pierre e Leandro Donizete predominaram. Ney Franco tentou responder taticamente e apenas na volta do intervalo o time paulista começou a reagir. O Galo sentiu o ritmo alucinante, só conseguiu aumentar a vantagem para 2x0 quando todos enxergavam o empate iminente e o domínio do São Paulo, após as mexidas corretas de seu treinador. O gol de Rever não esfriou o tricolor e as entradas de Aloisio, Maicon e Ganso quase retiraram dos mineiros uma merecida vitória. O ex Figueira descontou, após empurrar Leonardo Silva e o Independência prendeu a respiração quando o “parça” e compadre de Neymar chutou para fora, a milímetros da trave, a bola do empate, aos 47. Voltemos ao nome do jogo, R10. Só um jogador importante, de sua categoria, em boa forma e comprometido com o clube saberia interpretar as regras do jogo e posicionar-se corretamente, livre na área, após a cobrança de um lateral e dar o gol para Jô abrir o placar em um momento fundamental que conferiu tranquilidade e a vantagem inicial ao time mineiro. Sua arrancada até o fundo para o cruzamento certeiro na cabeça de Rever e sua imposição sobre Wellington, jovem volante que não conseguiu o desvio, também foram decisivas. Público de 18 mil torcedores, protagonistas nas cadeiras de uma grande festa de sons, de cores e muita vibração com a arrancada do Atlético para a liderança do grupo 3 da Libertadores.



Ronaldinho, em BH e Fred, em Caracas, decisivos para CAM e FLU.

Tensão pré jogo, decorrente da ausência forçada de Thiago Neves, o oportunismo de Fred, que acertou um canudaço no ângulo no gol da vitória e a capacidade do time em resistir à pressão do Caracas até o fim, foram os ingredientes da importante vitória do Fluminense, fora de casa. Abel preferiu um time cauteloso e marcador, com Edinho atuando de falso volante recuado, quase zagueiro. O tricolor tentou, com sucesso, reter a bola, esfriar o jogo e o sufoco improdutivo do time local, que forçou o lado esquerdo de Carlinhos e o jogo aéreo, em vão. O juizão interpretou errado uma bola recuada para Cavalieri e o Caracas quase empatou na cobrança do tiro indireto. A rodada inicial do grupo 8 será fechada na noite de hoje, na Arena do Grêmio, com o time de Luxa recebendo o Huachipato-CHI. Os visitantes ardem em uma crise interminável após a euforia do título nacional de 2012 e teoricamente, podem virar presas fáceis para os copeiros gaúchos, sem avalanche. Mas, em se tratando de Libertadores, melhor jogar para vencer. Por falar em crise e falta de confiança, mais um brasileiro, em ambiente de pós rebaixamento e tratando a disputa continental como um estorvo, o Palmeiras, recebe o Sporting Cristal-PER no Pacaembu ressabiado e de insatisfação mal contida da galera palestrina. Mas, se a marcação, a proposta de Gilson Kleina e a garra de São Marcos palestrante encaixarem, o time pode vencer e largar bem no grupo 2. Oremos, pois, dada a inspiração tática do treinador verde, que é a seleção de Burkina Faso, vice da Copa Africana 2013.


Kleina, de olho em Burkina, para inspirar a estréia do Palmeiras.

Com Barcos e avalanche proibida, o Grêmio larga em busca do Tri.

Imagens: GE.com

Nenhum comentário: