Bastaria um empate
para o Cruzeiro confirmar sua classificação para as oitavas da Libertadores no
jogo de terça passada contra o Huracán. O time começou jogando bem, mas, cedeu
espaços e domínio aos argentinos, tomando 2x0 com 25m, com o adicional de uma
das piores apresentações de uma defesa e de um zagueiro na temporada. Paulo
André perdeu o rumo e o bom senso deixando Abila marcar aos 14m, impedido, e aos
25m, de cabeça. Entre um gol e outro, a Raposa tentou reagir sem sucesso. No
intervalo, Marcelo trocou Willians por Gabriel Xavier e adiantou o time no
inicio do segundo tempo. Damião sofreu e converteu um pênalti, aos 15m e o gol
animou o time em busca do empate. Um contra ataque mortal fez o Huracán fechar
o marcador em 3x1, Mancinelli, de cabeça, aos 29m, quando o Cruzeiro estava
melhor. A derrota celeste embolou o grupo e complicou uma classificação
tranqüila. Terça será necessário vencer o Universitário Sucre–BOL para avançar
e torcer por um tropeço do Huracán para garantir a liderança. Tudo isso,
temperado com um clássico e uma crise de bastidores entre os semifinalistas do
Mineiro, a Globo e a FMF.
Vindo de um empate de
1x1 no Horto, contra o Cruzeiro, em busca de uma vaga na final do Mineiro, o
Atlético voou para a linda Guadalajara, praticamente a casa do Brasil no
México, para um jogo decisivo contra o Atlas. O Galo esqueceu em BH o chamado
espírito de Libertadores e sentiu o desfalque de Marcos Rocha. Abdicou do jogo
aéreo e foi presa fácil da correria mexicana. A derrota de apenas 1x0 pode cair
na conta de São Victor, que fez grandes defesas e salvou o time de um desastre.
Levir tentou modificar o time, fez entrar a dupla de Guilherme e Cárdenas e
desperdiçou algumas oportunidades de empatar, mas, cada ataque mexicano trazia
perigo e apreensão ao banco alvinegro. Vai ser preciso um clima de EU ACREDITO
para vencer o Colo-Colo por uma diferença de dois gols e arrancar a vaga nas
oitavas. Mas, em se tratando de Atlético na Libertadores, tudo pode acontecer,
desde uma goleada épica, até uma eliminação desastrosa.
Com Muricy demitido e
já sem a vesícula, Milton Cruz e Rogério Ceni comandaram uma vitória suada do
São Paulo contra o Danúbio zero ponto, no Uruguai. A atuação coletiva e a
atitude do time em campo decepcionaram. Ceni tomou um gol de longe e de
cobertura e tudo ficou dramático. A virada aconteceu na moral, na força da
camisa e na liderança do goleiro mito. Pato e Centurión, cada um com seu gol de
cabeça, arrancaram à fórceps o resultado, mantendo o tricolor vivo no grupo.
Para prosseguir, será preciso vencer o Corinthians, no Morumbi e ficar de olho
na pontuação e no saldo do San Lorenzo.
Tite sacou do
regulamento, travou o Corinthians, emasculou a marcação e a intensidade do seu
time e fez um resultado adequado de 0x0 contra o San Lorenzo, ontem, no
Itaquerão superlotado. Com o empate, garantidas a liderança da chave e a
classificação, o status de melhor campanha ficou com o Boca Jrs, tirando o
River do caminho corintiano e deixando um confronto de oitavas para um time
brasileiro. Torrico, goleiro do tricolor argentino comandou a resistência de
seu time contra o Timão em banho Maria. Apenas Renato Augusto salvou-se da
noite de lentidão e apatia. Ao fim do jogo, uma coletiva chiliquenta de Tite
para discutir rumores de joguinho de resultados para ajudar na eliminação do
rival, São Paulo.
A salvação da rodada
brasileira na Libertadores foi a goleada estrondosa do Internacional sobre a La
U do Chile, em pleno Estádio Nacional de Santiago. Nilmar foi a kryptonita ouro
do goleiro Jhony, de apelido Superboy, ganhando duas antecipações de bola e
tocando para o gol vazio. Sasha e Valdivia, no segundo tempo, completaram o 4x0,
construido com autoridade tática. D’Alessandro ainda desperdiçou um pênalti e em
nenhum momento La U ameaçou reagir. O Inter decide a classificação em casa
contra o The Strongest, com uma vitória valendo a liderança.
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