É imperativo para um
carijó das antigas, como o editor deste blog, manifestar apoio moral e retórico
a um dos dois maiores ídolos da história centenária do Tupi F.C. Não tenho
dúvidas em afirmar que Toledo e Ademilson formam a dupla honrosa de identidade
total com a camisa alvinegra. Soube pelo jornalismo esportivo que o mito e o
clube entraram em litígio trabalhista. Fica inviável comentar sobre detalhes da
Ação, prazos, valores. O que realmente interessa destacar é o absurdo da
situação. Parabéns aos responsáveis que permitiram que a execução do contrato
do artilheiro chegasse ao ponto da reclamação em juízo, dado o legado técnico e
a trajetória do atacante no Tupi, traduzido em números e momentos decisivos.
Como não lembrar o golaço contra o Cruzeiro em 2010? Do gol contra o Santa Cruz,
em 2011, no jogo de ida da final da série D, em JF? Dos gols contra o Anapolina
que decretaram o acesso do Tupi para a série C naquela ocasião? Tenho uma opinião
formada a respeito. Por maiores que sejam as dificuldades orçamentárias do
futebol do Tupi, da recorrente escassez de verbas, das dividas fiscais,
trabalhistas e financeiras tais como sabemos (ou não), nada justifica que o atleta
exemplar, liderança e exemplo de conduta para todos, não receba tratamento
diferenciado e garantias mínimas de cumprimento, pelo menos de parte do que foi
acordado entre clube e jogador. Vale lembrar das inúmeras oportunidades em que
Ademilson atuou sem condições, com dores, com lesões nas coxas, joelhos,
panturrilhas, tornozelos e púbis. Mais do que homenagens, bustos,
reconhecimento geral da torcida, da imprensa e do futebol de Minas e do Brasil, nosso mito
e não apenas ele, (incluo seus parceiros de elenco, na atualidade e no passado
recente) merecem respeito e palavra cumprida, de contratos e acordos. Investir
na morosidade e nas chicanas da Justiça, instituindo o calote como método de
gestão esportiva me parece indigno das tradições do Tupi. Já houve um tempo em
que o galo carijó ostentava a seguinte máxima entre os boleiros: “O Tupi paga
pouco, mas, paga em dia!” Tomara, para o bem do jogador e da instituição Tupi
F.C. que as partes entrem em acordo e que, se um acordo acontecer, que seja
fielmente cumprido. Na forma da Lei.
Um comentário:
Perfeito!
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